Antiguidade moderna
*Heródoto contava que certa vez, havia um soldado chamado Decius que invadiu uma propriedade alheia em perseguição a um conhecido fora da lei chamado Lucius. Este, possuidor de uma oratória muito convincente, vivia roubando muita gente, em especial os mais pobres daquele reino. Depois de muita perseguição, Decius conseguiu finalmente capturá-lo. Porém como este bandido era amigo de muitos nobres, varias foram as tentativas de resgate, incluindo um salvo conduto por escrito. Percebendo a fragilidade da situação, Decius pediu ajuda ao magistrado local, um homem chamado Bergius. Os dois se aconselharam sobre como apresentar as provas e como conduzir o processo afim de impedir a intervenção da nobreza e mesmo assim manter a imparcialidade no julgamento. Quando os amigos de Lucius descobriram as cartas trocadas entre Decius e Bergius, imediatamente foram até a praça principal da cidade a pedir que o rei prendesse ambos. O argumento da turba enfurecida era de que houve conluio. Não bastasse, Lucius deveria ser solto e todos os seus crimes perdoados. Até mesmo alguns dos que foram ludibriados por ele e perderam todos seus bens, o defendiam dizendo que não merecia tal condenação. Por outro lado diziam que Decius invadira uma propriedade privada e sua ilicitude anulava toda ação, prisão e julgamento de Lucius. Gritavam a plenos pulmões que o soldado e o magistrado deveriam ser banidos do reino. O rei pressionado assim o fez, libertando Lucius e banindo Decius e Bergius. Já sem fôlego perguntei à Herodoto o que aconteceu àquele reino, ao que me respondeu: - este foi o último pergaminho que sobrou. A biblioteca e a cidade foram queimadas até as cinzas, nada sobrando para contar história.
* Este Heródoto é um personagem ficcional e não o personagem histórico.
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