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Mostrando postagens de outubro, 2018

São Paulo - uma caminhada com Vítor Hugo e Mozart

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Por conta de um compromisso pessoal, precisei ir ao centro de SP ontem pela manhã. Ao caminhar por nossas ruas sujas e becos abandonados, notei a quantidade enorme de pedintes e maltrapilhos que se acumulam em cada reentrância dos encardidos edifícios de nossa cidade. Se estivessem a falar francês, diria que havia entrado no palco da peça Os Miseráveis de Vítor Hugo. E analogamente ao retratado tanto na peça quanto no livro homônimo, nossa sociedade vive o mesmo desperdício, a mesma perda irreparável de capital humano. Ao olhar nos olhos de cada um, fico a pensar se não estou olhando para um Mozart que jamais poderá ser, um Einstein que não teve chance, um Descartes que não vingou.  O problema da corrupção endêmica em que nosso país vive mergulhado, não é só que ela mata a geração atual, mas mata também o futuro, os sonhos e aspirações de uma nação que poderia ser grande, que poderia protagonizar, quando se contenta apenas a ficar nos bast...

Pequeno avanço

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Estudei em escola pública, numa época em que a velha política ainda não a tinha destruído. Como parte das atividades requeridas pelos ótimos professores que tive, havia a leitura obrigatória de clássicos como Triste Fim de Policarpo Quaresma, Senhora, Dom Casmurro, além dos deliciosos livros da Coleção Vaga-lume. Um dos livros que muito me influenciou foi Poliana, que me ensinou a enxergar o lado otimista da vida, a despeito das dificuldades que certamente chegam e se impõem à todos. E neste espírito, totalmente Poliana, tenho acompanhado com um certo orgulho as acaloradas discussões nas redes sociais sobre a política e a eleição vindoura. Com muito prazer tenho visto que o paradigma de política, a exemplo de religião e futebol “que não se discutem”, agora pelo contrário, é um assunto corriqueiro, deixando de ser tabu, mas debatido ampla e abertamente. Naturalmente como temos uma democracia muito jovem, ainda não sabemos ao certo como nos portar, com discussões que raramente são profun...